A Fundação Calouste Gulbenkian
mostra ao público, na sala das exposições temporárias, objectos da Art déco que figuraram na Exposição Internacional das Artes Decorativas e Industriais Modernas em 1925. Realizei uma visita ao evento na Gulbenkian. Este esteve de acordo com as minhas espectativas. As peças apresentam uma grande qualidade de execução e simultaneamente uma enorme criatividade. A par das minhas preferências, os objectos não exprimirem uma mera ornamentação. Estes aliam a riqueza plástica à função que lhes está associada e adquirem um verdadeiro valor escultórico (e não apenas as esculturas de vulto redondo).

O que mais me seduz tanto na Art Déco como também na Arte Nova é a aliança entre as formas naturais (animais e plantas) e o valor simbólico que estas adquirem. É explorada a forma orgânica, a linha ondulante e estilizada. As formas Art Déco são delicadas, entram dentro do universo feminino e do mundo onírico. A Art Déco como movimento eclético que é, potencia diversas possibilidades de interpretação poética.
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